O meu pai até agora, sempre me tem reconhecido. Nem quero pensar que pode chegar o dia em que ele não se lembre de mim, uma vez que vivo longe e estou pouco com ele. Ele pergunta por mim à minha mãe. Sei que ele deve ter saudades minhas!
Quem me dera ser rica, ter uma casa enorme, onde pudesse ter os meus pais comigo, para além de poder pagar a alguém bem formado que estivesse também a cuidar dele. Se eles trabalharam uma vida inteira e criaram os filhos, tinham direito a uma velhice bem mais digna.
Mas como, não somos ricos, temos de tentar fazer com aquilo que temos os possíveis para lhes darmos todo o apoio. Lamentavelmente, e que eu tenha conhecimento, o Estado não ajuda.
Gostava que o Estado desse apoio domiciliario, colocando profissionais especializados na doença a visitar estas pessoas, principalmente durante a noite, já que de dia o meu pai costuma ir a um Centro de Dia.